Manteiga, ovos, farinha, açúcar, leite, fermento. Separados são apenas elementos, mas quando se juntam: prepare-se.
É juntar os ovos com a manteiga e bater, bater, bater; na seqüência farinha, açúcar e ir acrescentando o leite: bater, bater, bater. Isso não aguça só o paladar, mas ativa a memória, traz lembranças boas da infância, da mãe fazendo aquele bolo para o lanche da tarde.
E que felicidade que era, não é mesmo?
Já reparou na colher batendo a massa, quando ela levanta e cai aquela espessura… e o que fica na colher… Enche os olhos, o paladar e o dedo, que não é bobo, vai discretamente, tira a lasca e leva até a boca. Até nos faz pensar que a massa é mais gostosa do que o bolo.
Mas, esse julgamento não é justo, é como perguntar para um pai qual é o seu filho favorito: não existe uma resposta. Mas creio que nessa altura, pelo menos você que é boleiro, já se imaginou lambendo aquela colher.
Para os mais “formigas” já estão até pensando em fazer um bolo só para matar a vontade. Viu! foi ler este texto e ficou com “bicha”. Não lhe culpo, pois essa pequena alegria, de fato, é prazerosa.
Pode ser uma coisa aparentemente sem importância, que na maioria das vezes passa despercebida. Mas percebeu como isso lhe traz lembranças e lembranças boas. Temos o hábito de não valorizar esses pequenos coisas. É um erro.
Acreditamos que só podemos ser felizes com grandes realizações, mas precisamos criar o hábito de sermos grato nas pequenas coisas. Você que escolhe ser ou não feliz. Vamos valorizar esses momentos, que são muitos.
O ápice da nossa história é aquele bolo assadinho, com aquela cobertura incrível, que com certeza você ama também. Mas, perceba que antes do desfecho, no decorrer do caminho, a alegria já se fazia presente. Ou vai dizer que saborear aquela massa crua não tirava um sorriso do seu rosto? É claro que sim…
Tanto que estamos falando dela como uma “pequena felicidade”. E colocada entre aspas, pois tudo depende da sua concepção. E ser feliz com uma colher de bolo na mão, rende até história.
