Se você é mais antiga (o) como eu, vai lembrar dos famosos “cadernos de confidências”, que rodavam as escolas e a maioria ficava ansioso para ser convidado a preencher. Para os mais jovens, vou explicar do que se trata.
Os cadernos de confidências eram cadernos que algum aluno (geralmente meninas) faziam com perguntas diversas em cada página e que iam rodando pela sala para que todos respondessem.
Cada um se identificava na ordem da sequência e, a partir daí, respondia sempre com seu número na frente.
As perguntas eram as mais variadas: qual seu filme favorito, comida predileta, se tinha namorado, a idade, quais os seus hobbies, entre outras, que o dono do caderno poderia criar.
O objetivo do caderno de confidências era basicamente saber mais sobre os colegas, é claro que alguns interessavam mais do que outros, principalmente quando se estava “a fim” de alguém.
Para saber mais sobre a pessoa, era só esperar ele ou ela assinarem o caderno e ler as respostas. Era um meio de conseguir informações anonimamente.
Hoje as coisas estão muito mais fáceis, afinal, com as redes sociais, você consegue saber quase tudo sobre alguém. A grande diferença é que ali, pode-se também ver fotos, curtir postagens ou comentar, interagir sem precisar criar aquela coragem de falar com a pessoa cara a cara.
Vamos combinar que, para os tímidos, isso é uma “mão na roda”.
Mas nem sempre as informações que estão nas redes sociais são verdadeiras.
É uma questão de escolha preencher os dados com verdades ou mentiras.
Com o “caderno de confidências”, também não se tinha certeza de que aquelas respostas eram reais ou apenas “zoação” de quem preencheu. De qualquer forma, antigamente conhecíamos as pessoas presencialmente.
Nas redes, muitos jovens se conhecem apenas virtualmente, seja porque jogam algum game online juntos, puxaram conversa em mensagens e a amizade começou, ou através de aplicativos de namoro.
Então, toda a informação que você coloca nas suas redes sociais sobre você, sua vida pessoal, sua família, relacionamentos, locais onde vai, seu carro, sua casa, ou a escola onde estuda, fica visível para todos. E isso sem dúvidas é um risco.
Vários golpes acontecem, enchendo as delegacias de denúncias. Os mais comuns são pessoas que conquistam alguém e depois, com o tempo, e com o relacionamento parecendo mais real, enganam essa pessoa para conseguir dinheiro.
Pode parecer besteira, que ninguém cairia em um golpe tão previsível, mas acontece muito.
Existem profissionais em enganação, que conquistam o coração de alguém para obter benefícios. Entre estes benefícios, estão desde “sexo” gratuito para depois sumir, até coisas mais sérias, como estelionato, sequestro, estupro etc.
Por isso, é importante lembrar sempre do que nossa mãe nos orientava quando éramos crianças: “não fale com estranhos”. Nas redes, a orientação é a mesma. Tome cuidado.
Não confie em quem você não conhece. E conhecer, não significa ter se encontrado algumas vezes. É preciso conhecer a fundo as pessoas.
As vezes acho que nos tempos do “caderno de confidências” era mais fácil.
E você? Já teve ou preencheu algum na escola? Comenta aqui em baixo!!!
Um ótimo mês a todos.
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- Editorial – Xaxim, Pinheirinho e Boqueirão – Outubro 2024