Boatos, mentiras, discurso de ódio nas redes sociais causam desinformação, medo e matam
Dona Marisa Isabel tinha um pequeno comércio em São Sebastião (SP). Inventaram na internet que ela estava vendendo água a R$ 93,00 – depois dos temporais do início deste ano.
Era mentira.
Mas a notícia se espalhou, foram até a porta do mercadinho dela. Quase lincharam Dona Maria Isabel.
Anos atrás, em 2014, Fabiane de Jesus não conseguiu escapar.
Foi linchada, no Guarujá (SP), depois que uma postagem acusava a dona de casa de ser sequestradora de bebês.
São dois casos, entre milhões, que mostram como fake news, desinformação, mentira, discurso de ódio tomaram conta das redes sociais.
E tudo sob a cumplicidade das big techs, como são chamadas as mega corporações que controlam essas plataformas.
São elas: Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp; Alphabet, dona do Google e YouTube; Elon Musk, controlador do Twitter, para citar as maiores.
Você certamente tem recebido, ou se depara, diariamente, com absurdos desse tipo.
Fotos e vídeos adulterados, informações distorcidas, de propósito, para gerar confusão; mentiras sobre vacinas, dicas fajutas de alimentação; mentiras como a de distribuição de “kits gays” nas escolas, boatos sobre ameaças e atentados…
Enfim, é um vale-tudo em busca de interesses econômicos e políticos. É preciso dar um basta, não é mesmo?
A solução não é simples. Mas um passo importante pode ser dado pelo Brasil se o Congresso Nacional aprovar o Projeto de Lei 2630/2020.
O projeto cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, e vem sendo chamado de “projeto de lei (PL) das fake news”.
A proposta está em tramitação há quase três anos. Finalmente, deve ser votada agora no começo de maio. “O projeto estabelece obrigações a serem seguidas por redes sociais, aplicativos de mensagens e ferramentas de busca na sinalização e retirada de contas e conteúdos considerados criminosos”, informa o relator, deputado federal Orlando Silva (PCdoB).
Iniciativas semelhantes estão sendo discutidas e aprovadas em outras democracias no mundo. Elas têm recebido o apoio de políticos, especialistas, pesquisadores, militantes das mais variadas correntes ideológicas.
Parece que só mesmo os que defendem interesses econômicos das big techs ou quem se beneficia politicamente dessa onda de boatos, mentiras, ódio e conspirações estão se opondo às tentativas de corrigirmos esse problema.
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