Estamos na reta final do ano letivo.
Seus filhos estão com as notas em dia?
Já passaram de ano e estão pensando nas férias?
A considerar a famosa “cultura brasileira de deixar tudo para a última hora”, é bem possível que, em muitos casos, a resposta seja não.
É comum ver pais desejando filhos autônomos para que consigam “se virar” sozinhos em todas as situações de seu cotidiano.
O fato é que para que a autonomia seja desenvolvida, é preciso, antes disso, da ativa participação desses responsáveis.
Em relação a autonomia nos estudos, não é diferente.
No início do ano letivo, em todas as escolas, as professoras costumam orientar seus alunos quase sempre do mesmo jeito:
“Estudem ou revisem em casa o conteúdo das aulas. Façam isso todos os dias, ainda que seja só um pouco, criem uma rotina de estudos para que não percam o fio da meada e não cheguem ao final do ano precisando de milagres para recuperar as notas”.
Essa é uma sugestão simples e altamente eficaz.
Mas a dificuldade do sucesso dessa prática está, muitas vezes, na falta de acompanhamento dos pais em relação a realidade escolar de seus filhos.
É preciso treiná-los para que consigam atingir metas como essa.
Outro fator que costuma se repetir com o passar dos anos é a pouca adesão dos pais nas reuniões escolares.
Escrevi anteriormente neste mesmo espaço sobre esse tema.
É possível que os pais acreditem que a escola tem de ser capaz de resolver sozinha os desafios acadêmicos de seus filhos, o que é uma ideia equivocada.
A pouca presença deles nos espaços escolares vai se transformando para um interesse progressivamente maior à medida que o ano avança e que as crianças começam a ter problemas relacionados a nota.
Esse panorama também é verificado nos consultórios de atendimento Psicopedagógico na porção final do ano, onde o aumento do interesse dos pais por ajuda especializada aparece em caráter de urgência, para apagar o fogo, muito depois do primeiro foco ter surgido.
Particularmente falando, faço meus cumprimentos a pais que me procuram ao início do ano letivo, pois essa atitude expressa comprometimento e dedicação no desenvolvimento escolar dos filhos.
Nesses casos, o trabalho de acompanhamento tende a ser bastante eficaz.
A boa notícia é que, apesar de a vida ser um fenômeno de continuidade, a contagem do tempo em forma de meses e anos faz com que experimentemos, a cada novo período, a impressão de um novo começo, uma chance de “começar do zero”.
Esse desejo de recomeçar é experimentado com muito entusiasmo em grande parte das crianças e jovens em idade escolar para um ano letivo melhor do que o anterior.
Essa esperança se sustenta no reconhecimento de suas próprias potencialidades e terão chances reais de tornarem realidade se houver a parceria de pais ou responsáveis em tempo.