Devo tomar remédio “para os nervos” ou fazer uma terapia? Quem sabe os dois juntos?
Embalada pelo desafio da pandemia, após cerca de 2 anos difíceis, o resultado não podia ser diferente; a saúde mental ganhou visibilidade e hoje é tema comum nas conversas do dia a dia e se fixou como mais um item na lista de preocupações sobre saúde.
Ansiedade, depressão e estresse são mazelas mais conhecidas, mas ainda assim, quando o assunto é tratamento e cura, continuam surgindo muitas dúvidas.
As duas formas mais tradicionais de enfrentar essas (e outras) doenças da mente são com auxílio de medicação e de terapia, podendo ser realizadas juntas.
Os remédios só podem ser prescritos por médicos, em geral os psiquiatras, e requerem acompanhamento com reconsultas por períodos que variam entre 1 mês até 6 em 6 meses.
Por outro lado, a terapia, que possui diferentes vertentes e é conhecida por diversos nomes, (psicoterapia, psicologia, análise) é uma espécie de cura pela palavra e é realizada em sua maior parte por profissional da psicologia, em sessões individuais e normalmente de frequência semanal.
A diferença de tempo é grande: as medicações costumam apresentar os primeiros benefícios em torno de 15 dias após o início do uso e são eficazes em diminuir os sintomas da doença que se está a enfrentar.
A terapia tem uma ação mais lenta e isso se dá por várias razões, a principal é que a contação e a escuta de uma história com detalhes e nuances não podem ser apressadas.
O esforço é o de mapear o presente e o passado a fim de localizar os maiores sofrimentos, eleger prioridades de caminho terapêutico e inventar um jeito particular de construir alguma evolução ou a interrupção dos problemas encontrados.
A diferença mais importante entre essas modalidades está na condição real de cura. A medicação por si só não elimina a doença, ela estará lá quando o paciente deixar de tomar sua medicação, mesmo que tenha levado o tratamento a sério por longos anos.
Isso ocorre por que os fármacos para questões mentais apenas auxiliam na diminuição e controle dos sintomas e não são capazes de transformar a origem ou a fonte deles.
Essa missão fica sob responsabilidade da terapia. Ela tende para produzir algo de caráter definitivo, no melhor sentido de uma cura. Isso por que constrói o caminho inverso do surgimento da doença a fim de encontrar fatos que podem ter sido fundamentais para o início do sofrimento.
Apesar das diferenças, esses tratamentos costumam ser aliados durante o processo de aquisição de bem estar psicológico e têm em comum um fator de primeira importância; ambas intervenções podem e devem ter um fim.
Tais esforços se encerrarão quando o indivíduo sentir-se forte o suficiente para seguir com a vida em seu próprio ritmo.
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