Quantos são os amigos e familiares que, no último ano, apenas interagiram conosco via mensagens pelo celular?
O envio de memes como um “lembrei de você”, o compartilhamento de um post ou uma notícia como uma forma de retomar um assunto em comum, um texto, uma montagem de fotos ou um áudio no dia do aniversário, uma chamada de vídeo para os mais íntimos e o grupo de Whatsapp, um para cada tipo de assunto e dentro deles um infindável universo de figurinhas, emojis, bom dia, boa tarde e boa noite…
São coisas que fazem parte de nosso cotidiano por menos tempo do que parece e cumprem uma função essencial: a criação e manutenção de vínculos e do contato íntimo, ainda que um íntimo à distância.
Num universo que se consolidou rapidamente, e por sermos seres adaptativos, também tão rápido foi nossa aceitação, é fundamental pensar sobre bons modos e usos saudáveis.
Aparentemente mais fácil, a vida social online acaba carregando consigo muitas das dificuldades originais dos contextos físicos e muitas delas de maneira ampliada.
A adolescência, que apesar de ser hoje uma faixa etária digital nativa, é a que mais enfrenta risco. Isso porque é o período tradicional das inseguranças, da timidez, dos auto descobrimentos e das emoções afloradas.
Todos esses elementos reunidos num vasto universo de possibilidades que as relações digitalizadas oferecem.
São situações que já existiam antes no universo das amizades e dos amores e que foram transportadas: apaixonamentos relâmpagos e platônicos, indiferenças expressas por falta ou redução de mensagens, contato excessivo e vigilante, DR’s, términos, reconciliações, bullying e exclusões.
A diferença é que essa atividade social que já existia continua sendo praticada, mas não é mais notada, tornou-se difícil de ser acompanhada.
Entre golpes financeiros, emoções verdadeiras, trabalhos escolares e conflitos de condomínio estão nossa necessidade de vinculação que não diminuiu com a transformação digital e nem a tornou mais fácil.
Por não existirem programas escolares de ensino de boas maneiras de desenvolvimento de habilidades e competências nessa área, navegamos entre erros e acertos num mundo em constante evolução e devemos manter aceso o interesse por um uso mais funcional e saudável dessas ferramentas.
Para isso, vale ampliar os debates e utilizar o radar do bom senso a partir de simples perguntas: como está nosso desempenho social digital ultimamente?
E de nossos filhos, como eles estão se saindo com amigos e colegas nesse universo?
Se nós nunca os ensinamos como se relacionar com os outros a partir do celular, com quem aprendem?
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