Neste editorial vou entrar em um tema polêmico, mas que não deveria ser.
A cada dia aumenta a quantidade de atendimentos em Unidades de Saúde e UPAs em Curitiba relacionados a doenças respiratórias, como gripe, covid e outras.
Em alguns locais, a espera por atendimento chegou à quatro horas, devido a grande procura.
O Estado de Santa Catarina já chegou a superlotar as UTIs de hospitais pelo mesmo problema.
Minas Gerais decretou emergência em saúde pública devido ao aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Agora começamos a ver o problema chegando no estado do Paraná.
E a grande causa desse surto de doenças respiratórias é o nível abaixo do esperado de imunização. A população não está indo se vacinar, muitos parecem estar tranquilos acreditando que não vão ser acometidos por essas doenças.
Em Curitiba, do dia 01 de abril, quando começou a campanha de vacinação da gripe, até o dia 19 de maio, apenas 36% do público alvo de rotina, que são crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes e pessoas com mais de 60 anos, receberam a vacina, sendo que o esperado para uma boa cobertura é uma adesão de 90%.
Esses públicos são os mais suscetíveis a terem complicações, que vem levando à óbitos, principalmente de crianças menores de 11 anos de idade.
Não podemos esquecer o que aconteceu na pandemia, a grande quantidade de pessoas que perderam a vida, e tantos outros que viram seus parentes e amigos partirem.
A gripe também vem matando.
Precisamos relembrar e aprender a lição que essas doenças nos deixaram. Somente após a campanha de vacinação ter atingido grande parte da população, é que os índices de internamento e mortes por covid diminuíram. Isto é fato. Com a gripe, não é diferente.
Quanto mais pessoas estão vacinadas, menor o índice de óbitos.
Tudo isso nos faz refletir sobre o grande impacto que as Fake News que atacam as vacinas causam em nossas vidas. Muita gente vem acreditando que as vacinas são prejudiciais, mesmo com todos os números indicando o contrário.
Desde pequenos tomamos as mais diversas vacinas, isso não nos matou, pelo contrário, nos protegeu até agora.
Por que alguns decidiram duvidar do seu benefício, da sua eficácia, neste momento?
Vale a pena se colocar em risco, ou pior, colocar em risco a vida de seus filhos e não vaciná-los?
Não consigo imaginar o tamanho da dor e da culpa que os pais dessas crianças (que não foram vacinadas) e vieram à óbito estão sentindo…
Fica aqui um apelo, para aqueles que ainda não foram se vacinar, comparecerem nas unidades de saúde para atualizarem suas carteirinhas de vacinação e levarem seus familiares.
“Prevenir é melhor do que remediar”, já diz o ditado popular.
Ou podemos citar outro tão verdadeiro quanto:
Depois, “não adianta chorar pelo leite derramado”, ou pela vacina não tomada…
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