A principal via do nosso bairro é a Rua Francisco Derosso. Ela se estende do Alto Boqueirão até a Linha Verde, no Capão Raso. Ao longo do percurso, encontramos condomínios, escolas e diversas áreas comerciais — esta, aliás, é uma das vocações da rua. Nela, circulam muitas pessoas diariamente, e várias linhas de ônibus a utilizam como rota
A Francisco Derosso é uma avenida viva da região e um ponto de referência importante para a cidade.
Mas quem foi a pessoa que dá nome a essa via tão relevante?
Quais foram os feitos que levaram a essa homenagem?
Vamos descobrir na matéria deste mês.
E não se esqueça de compartilhar sua opinião sobre a sua relação com a avenida.
Francisco Derosso era filho de imigrantes italianos que chegaram a Morretes, em 1882. Quando a estrada de ferro ligando Curitiba a Paranaguá foi concluída, a família decidiu migrar para a capital paranaense, fixando residência no bairro Xaxim.
A vida de Francisco, no entanto, não foi fácil. Ele cresceu ao lado de seus sete irmãos e, aos 15 anos, sofreu a trágica perda de sua mãe, Carolina Cartiano, atropelada pelo primeiro veículo motorizado de Curitiba.
Dois anos mais tarde, o jovem também perderia seu pai, Jacob Derosso, ficando responsável por sustentar a família. Diante dessa nova realidade, Francisco precisou assumir grandes responsabilidades.
Começou a trabalhar para a família Redeschi como carroceiro e entregador de carvão, função que o ajudou a sustentar a casa e a cuidar de seu avô. Determinado e trabalhador, Francisco construiu sua trajetória a partir de pequenos passos, sempre pensando no bem-estar da comunidade.
Em 1919, Francisco casou-se com Januária Brum, com quem teve quatro filhos. Naquela época, ele já trabalhava na olaria de Roberto Hauer, onde permaneceu por vinte anos.
A estabilidade financeira obtida no emprego permitiu que Francisco começasse a adquirir terrenos no bairro. Com visão empreendedora, ele montou uma leiteria, reforçando sua presença como figura importante na economia local.
Nesse período, a rua que hoje leva seu nome era conhecida como Estrada do Xaxim, um reflexo do crescimento e desenvolvimento que o bairro experimentava.
Naqueles tempos, o centro de Curitiba era distante e as escolas públicas concentravam-se apenas naquela região.
Preocupado com a educação dos filhos e das crianças do bairro, Francisco decidiu fundar uma escola no Xaxim. Ele mesmo financiava a vinda de uma professora que morava no centro da cidade, garantindo acesso à educação para as crianças da comunidade.
Sua contribuição não parou por aí.
Religioso e ativo na vida comunitária, Francisco também colaborou com a construção da Igreja São Francisco de Assis, um marco espiritual para a região.
Além disso, ele fez parte da cooperativa dos fornecedores de leite, contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento econômico local.
Em 1962, Francisco Derosso faleceu, deixando um legado de trabalho árduo, fé e compromisso com a comunidade.
Em reconhecimento às suas contribuições, a antiga Estrada do Xaxim passou a se chamar Rua Francisco Derosso, no dia 20 de agosto daquele mesmo ano.
Hoje, a avenida é uma das principais artérias do bairro, um símbolo da história e dedicação de um homem que fez a diferença na vida de tantas pessoas.
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