Olá, amigos e amigas. Encerrando as nossas atividades de 2020, optamos por refletir neste editorial sobre o que iremos levar de aprendizado deste ano tão conturbado. Não foi fácil para ninguém…
Bem, até o Carnaval, de certa forma ainda estávamos caminhando, mas em março, toda uma nova realidade se apresentou.
Curitiba teve duas semanas onde praticamente tudo fechou. Depois, os comércios foram abrindo com restrições.
Shows, palestras, festas, casamentos, formaturas, grandes reuniões, nem pensar.
Era pra ser um ano alegre, com realização das Olimpíadas, mas o adiamento dos jogos foi necessário. Até o futebol teve que voltar sem torcidas.
A suspensão das aulas trouxe novos obstáculos, tanto para as crianças e jovens, como para os pais, que teriam que conciliar o trabalho com o cuidado em tempo integral dos filhos.
Muitos optaram pelo modelo de trabalho remoto (em casa), enquanto outros precisavam continuar batalhando, pegando ônibus, atendendo ao público.
Para os profissionais da saúde, este foi um ano de exaustão, insegurança e frustração. Terminamos 2020 sem certezas quanto ao futuro.
Assistimos à episódios de racismo, mas também observamos uma grande reação contrária, que nos enche de esperanças.
As queimadas viraram polêmica, mas a pauta do meio ambiente volta a ser debatida.
A falta de chuvas no Paraná vem forçando a população a racionar água.
Trata-se de uma grande estiagem, com um dos índices mais baixos de água já registrados nos reservatórios.
As eleições precisaram ser adiadas, mas aconteceram. Reelegemos o prefeito, mas uma parte dos vereadores foram trocados.
Ouvi muita discussão a respeito, principalmente sobre a “falta” de vereadores do bairro, mas os 38 que assumirão os cargos em 2021 estão lá para olharem por toda a cidade.
Cabe a nós, como população, cobrarmos que tenham atenção com a nossa região, que votem e desenvolvam projetos que beneficiem toda a cidade, e não só os bairros centrais, afinal, são pagos para trabalhar por todos os cidadãos curitibanos, que votaram neles ou não.
Para acabar, este ano ainda nos despedimos de grandes personalidades, como Maradona, Paulinho (Roupa Nova), Fernando Vanucci, Vanusa, Eddie Van Halen, Little Richard, Aldir Blanc, Zé do Caixão, Quino (o pai da Mafalda), a Martha Rocha e até o “Louro José”… entre outros que também partiram.
Com toda essa situação, ainda estamos vivendo a pandemia. A contaminação chega cada vez mais perto e as notícias de amigos, vizinhos e parentes doentes nos mostra que o vírus é real e não está de brincadeira.
Cabe a nós continuarmos com os cuidados até que uma solução definitiva chegue: vacina, remédio, ou o que mais tivermos como alternativa.
Mas com tantos problemas, notícias ruins, restrições, perdas financeiras e tantas mortes, o que levaremos como lição disso tudo?
Talvez agora, que estamos no olho do furacão, fique mais difícil enxergar um propósito. Mas com o passar do tempo, com um olhar mais distante, vai ficar mais claro o objetivo destas provações que nos atingem.
Sempre que o ser humano criou uma solução, é porque teve alguma dificuldade, algum problema para resolver. É assim que crescemos como espécie, que evoluímos e nos tornamos mais conscientes.
A pandemia também nos forçou a passamos mais tempo com alguns da família e mais distantes de outros, devido ao isolamento social.
Isto também nos dá a chance de valorizar mais as pessoas que amamos.
Uma coisa é certa: a solidariedade e o amor ao próximo tiveram seu lugar neste caos.
Cada um que ajudou quem precisou, seja de forma financeira, ou com apoio, atendimento, cuidados, alimentos, máscaras, ou mesmo prestando um bom trabalho, sendo útil neste momento em que todos precisamos uns dos outros, está de parabéns.
Esse aprendizado devemos levar em nossa bagagem, sem dúvidas.
Desejamos a todos um ano de 2021 com muita saúde, amor, prosperidade, força, superação e esperança. Um Natal abençoado!