Já parou para pensar que uma história tem vários lados e situações diferentes?
Muitas vezes as pessoas fazem algo no automático e não se dão conta disso. No dia a dia temos diversos momentos assim, por isso, quero aproveitar este espaço e contar, de uma forma cômica, a rotina de um entregador.
Esta curiosidade me veio quando em uma grande rede de supermercados presenciei a seguinte situação: a pessoa que estava à minha frente queria as compras entregues. Até aí, sem problemas, mas na hora da moça do caixa pegar os dados, como endereço e tal, a pessoa solta esta informação: o entregador sabe onde eu moro.
Cara de paisagem? E a reação dela foi respirar fundo.
Presenciando tal situação, o que poderíamos refletir? Será que o cara pensa que é o único que recebe compras em casa? Como ele imagina que o entregador identifica a quem pertence?
Fazer um pedido pelo aplicativo, pessoalmente, ou mesmo pelo telefone parece ser bem simples, e é mesmo. Mas, uma curiosidade: você sabe onde é sua casa, a pessoa da entrega não. Por isso, seja o mais específico possível. A intenção é sempre que o pedido chegue rápido para que o cliente fique satisfeito. Mas, vamos pensar e, porque não, rir um pouquinho com esta cena, quem sabe você até se identifica – risos – .
Chega um pedido para entrega, o atendente pergunta:
– Endereço?
– Ah, ele sempre entrega aqui.
O que você responderia? – Escrevo isto na comanda? Como você acha que dentre tantas entregas o rapaz conseguirá identificar qual é o seu pedido? Tá, mas quem é você?
Parece piada, mas isso acontece.
Conversando com entregadores encontramos outras situações:
- casa sem identificação;
- número escondido;
- não há sequência (a numeração é aleatória);
- a pessoa mora em um condomínio com várias residências e não informa em qual casa é, telefone ou o nome de quem irá receber.
Teve um entregador que relatou que o ponto de referência informado foi ‘um caminhão estacionado na frente’.
Uma tarefa aparentemente simples torna-se uma aventura.
Uma aventura sem graça, já que muitas vezes se ganha por entrega e acaba tendo que fazer a vez de um detetive.
Ou ainda quando fazem o “coitado” esperar.
Esperar terminar a ligação…
Esperar o programa ir ao comercial…
Esperar encontrar a chave…
Ou até mesmo lembrar que encomendou algo e, neste caso, precisa atender o portão.
Percebe como o simples pode não ser de fato simples?
E você, se identificou com alguma destas situações?