Por isso, só demonizar não resolve. É preciso saber separar o joio do trigo e encontrar aqueles cujas ideias e suas lideranças mais estejam de acordo com os interesses do povo
De acordo com o mais recente dado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), existem 32 partidos políticos registrados no Brasil hoje.
Um exagero? Pode ser.
Mas a quantidade – se muitos, se poucos – não é o maior problema. O que precisa ser analisada mesmo é a qualidade.
Afinal, as legendas partidárias são decisivas nas eleições, na governança e no dia a dia da vida política nacional e local.
Sinceramente, melhor termos opções do que ficarmos reféns do bipartidarismo, como ocorre nos Estados Unidos. Lá, na hora de votar, os estadunidenses têm só duas alternativas: ou Partido Democrata ou o Partido Republicano.
E é evidente que toda complexidade de pensamentos, pontos de vista, modos de enxergar o mundo e meios de construir uma vida melhor não cabem só no que duas siglas oferecem, de modo que, termos 32 legendas não é, em tese, o maior problema.
O problema maior é compreendermos o mecanismo da vida política e, mais ainda, conseguirmos separar o joio do trigo, isto é, identificar qual ou quais legendas têm, não só na teoria, como na prática, ações de fato comprometidas com os interesses do povo; bem como, quais contam com quadros – lideranças, militantes – coerentes, engajados em atuar para construir uma nação mais igualitária e feliz.
Isso é fundamental porque os partidos e suas alianças é que compõem as chapas de candidatos dentre as quais devemos escolher uma para votar.
Ou seja, se minimamente não identificarmos os fatos que estão por trás dessas costuras, corremos o risco de votar em uma pessoa para um determinado cargo e em outra para outra função, de legenda ou coligação absolutamente divergente.
E então colocamos no poder pessoas com coligações conflitantes. Resultado imediato: uma dificuldade imensa para governar ou legislar.
As coligações partidárias costumam ser pensadas no sentido de fornecer a determinadas candidaturas a maior estrutura de campanha possível.
Como o Brasil é muito grande, cada estado, cada região tem suas próprias particularidades. É comum uma aliança reunir nomes alinhados no plano nacional, mas, no plano local, colocar no mesmo pacote nomes que são adversários, opositores históricos.
Não é necessariamente um problema grave, afinal, política – e tudo na vida – é isso: um eterno negociar: avança daqui, cede de lá.
No entanto, quando a gente consegue identificar minimamente o que é cada partido, sua trajetória, seus integrantes, a gente tem mais condições de entender se determinada coligação, mesmo tendo lado a lado personalidades divergentes, é autêntica, pensada em um bem maior, ou se é só por casualidade.
E tudo isso que ocorre nas altas cúpulas se reflete nas bases. Por exemplo, muitas vezes uma liderança comunitária, ou um administrador da regional do bairro, em sua atuação cotidiana precisa observar essas movimentações nas escalas superiores para suas articulações locais.
Não raro, isso traz mais resultados negativos do que positivos: uma obra deixa de ser feita e outra é realizada, não pela importância de cada uma, mas sim na medida em que uma ou outra melhor beneficia determinada aliança, acordo político.
Como modificar isso?
Não há uma receita pronta, certinha; um manual em que possam ser dadas instruções.
Mas há caminhos e é possível tornar alianças, coligações e acordos político-partidários em algo compreensível, sadio. O caminho é se informar.
Pesquisar origens, trabalhos, legados de cada legenda, cada partido. Verificar o que está em seus estatutos.
Sim, é complexo, nem tudo o que está no papel ou na internet corresponde à realidade.
No entanto, à medida que vamos nos habituando a isso, vamos separando o joio do trigo com mais naturalidade e segurança.
Confira neste link a relação de todos os partidos políticos do Brasil hoje: https://www.tse.jus.br/partidos/partidos-registrados-no-tse
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