A famosa música de Simone já toca no rádio, a cidade está repleta de atrações e os verdadeiros valores que devem nortear a data estão aí, para serem resgatados
Os versos ficaram eternizados na belíssima voz de uma das maiores cantoras da música popular brasileira, Simone:
“Então é Natal, e o que você fez? /
O ano termina, e nasce outra vez /
Então é Natal, a festa cristã /
do velho e do novo, do amor como um todo”.
Em singelas palavras e melodia, a canção consegue sintetizar bem o real significado da data.
A historiografia conta que o 25 de dezembro passou a ser o dia de celebração do nascimento de Jesus Cristo no ano de 350 depois de Cristo.
Não é a data de fato do nascimento de Jesus. Ocorre que, ainda segundo a historiografia, não há informação sobre essa data precisa. Sabe-se, sim, que Jesus nasceu em Nazaré, no que chamamos hoje de Oriente Médio.
Mas, por que se escolheu o 25 de dezembro para celebrar o nascimento de Jesus?
De acordo com a historiografia, nesse dia do ano se comemorava o solstício de inverno, no hemisfério norte do planeta.
Agora temos que recorrer à geografia e astronomia: o solstício de inverno é o dia do ano em que se tem a noite mais longa. A incidência dos raios solares se dá de forma inclinada. É o momento que marca a entrada do inverno.
O solstício de inverno era uma festa pagã, que foi adaptada, então, pelo cristianismo, para celebrar o nascimento de Jesus Cristo.
Celebrar o nascimento de Jesus Cristo significa por em evidência princípios e valores de amor, solidariedade, fraternidade, que nortearam a vida de Cristo na Terra.
Portanto, nada que ver com o apelo comercial que foi incorporado à data, séculos, milênios depois, com o desenvolvimento e hegemonia da cultura consumista, fruto do capitalismo.
Voltemos à música de Simone:
“Então é Natal, pro enfermo e pro são /
pro rico e pro pobre, num só coração /
Então bom Natal, pro branco e pro negro /
Amarelo e vermelho, pra paz afinal /
Então bom Natal, e um ano novo também /
Que seja feliz quem, souber o que é o bem”.
No Brasil, cidades em todas as regiões têm ampla e emocionante programação especial de Natal no mês de dezembro. Como é o caso de Curitiba.
Além de ruas e praças decoradas, há passeios especiais, apresentações musicais, entre outras atrações.
Embora a data tenha origem no Cristianismo, é um momento de congregação ecumênica, em todo o mundo. De modo que vale muito aproveitar, porque esses encontros e espetáculos, de muita arte, ajudam a preservar a essência do Natal. E nos revigoram para o novo ano que se avizinha.
Será, para o mundo, e em particular para o Brasil, um ano de muitos desafios. Há muito que se reconstruir, muitos problemas urgentes para serem resolvidos – como o combate à fome e à miséria, que voltaram.
Desejar um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo é desejar que essas mazelas não façam mais parte da nossa sociedade, não é mesmo?
Para as nossas vidas particulares, seguramente o Natal aponta para um ano também de muitos desafios. Que possamos aproveitar este momento de celebração para renovarmos as energias, deixarmos de lado mesquinharias, problemas menores, desavenças que só fazem mal, para pensarmos no coletivo, e nos fortalecermos individualmente.
Assim, estaremos prontos para encarar quaisquer dificuldades, e aproveitar todas as oportunidades.
Muita saúde, paz e alegrias para cada um, cada uma de vocês, leitores e leitoras do Caderno do Bairro!
Feliz Natal, feliz 2023!
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