Energia limpa, economia para os cofres públicos e orgulho para a região
Nos 330 anos de Curitiba, o bairro Caximba, um dos mais afastados da capital paranaense, no extremo sul da cidade, foi o foco das atenções devido à inauguração da Pirâmide Solar do Caximba.
Lá estava o nome do bairro, no dia 29 de março, estampado em grandes e pequenos jornais. Um orgulho para a região, que tanto sofreu com o estigma do “lixão”.
Para os moradores mais antigos do Caximba, o primeiro alívio veio com o fechamento do aterro sanitário, em 01 de novembro do ano de 2010, data em que os caminhões de lixo pararam de entrar no local.
O dia do fechamento do aterro sanitário foi comemorado com uma grande festa, que contou com uma Missa celebrada na Capela São João Batista, no Caximba, e com uma carreata até a entrada do aterro, onde as pessoas acenaram com lenços brancos em sinal de despedida.
Agora, mais de 13 anos após este episódio de grande alegria, os moradores tem mais a comemorar.
O aterro sanitário, até então apenas um passivo ambiental, foi transformado em ativo ambiental, sendo este projeto um grande exemplo ao Brasil e também uma lição que Curitiba dá ao futuro da humanidade, segundo o prefeito Rafael Greca.
Tudo começou com uma ideia que teve ainda no ano de 2012.
A construção da grande estrutura com painéis solares para a geração de energia limpa parecia loucura, mas hoje tornou-se realidade.
A usina solar possui 8,6 mil painéis fotovoltaicos bifaciais com capacidade instalada de 4,5 megawatts pico, gerando até 3,5 megawatts.
Toda esta energia será injetada na rede da Copel e será compensada na conta de luz dos prédios públicos de Curitiba (222 unidades consumidoras), uma economia de 30% para o município.
Isso significa que vão sobrar mais de R$ 2,6 milhões de reais por ano nos cofres públicos.
Segundo Greca, “O valor é suficiente para construir um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), para transformar aproximadamente 660 metros de ruas de saibro em ruas com pavimentação de boa qualidade e completa estrutura de drenagem ou, ainda, subsidiar mil refeições por dia, durante um ano e meio, do programa Mesa Solidária, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade”.
A Pirâmide Solar do Caximba é a primeira usina solar em um aterro sanitário da América Latina.
Após a solenidade de entrega do empreendimento, os convidados puderam visitar a área em um trajeto feito em vans. S
ão pouco mais de 100 mil metros quadrados de área do aterro ocupados com quase 48 mil metros quadrados de painéis solares.
O prefeito ainda disse que não devemos mais ter energias poluidoras, só energia limpa.
Segundo o vice-prefeito Eduardo Pimentel, o local será transformado em um ponto turístico técnico, onde engenheiros, a academia, professores, e prefeitos e prefeitas de todo o Brasil, virão buscando esta experiência, transformando-se em um exemplo para as outras cidades.
A Pirâmide Solar do Caximba faz parte do programa “Curitiba Mais Energia”, uma das estratégias da cidade para combater e atenuar as mudanças climáticas. Além de resultar em economia para os cofres públicos, o programa visa a produção de energia renovável, fundamental para a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente.
A Usina recebeu investimentos de R$ 28 milhões através de um financiamento internacional e se pagará em 10 anos de funcionamento.
Estiveram presentes na inauguração, além de Rafael Greca, o Vice-Prefeito de Curitiba Eduardo Pimentel; o Governador do Paraná, Ratinho Junior, o vice-governador, Darci Piana; o presidente da Câmara Municipal de Curitiba; o presidente do Tribunal de Justiça; senadores, deputados estaduais, secretários do Governo do Estado e vereadores.
Também o diretor-presidente do Instituto Água e Terra (IAT), Everton Souza; o superintendente de Gás, Biomassa e Inovação da Copel, Carlos Diego do Valle Pedroso; O secretário do Governo e presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur; a secretária da Comunicação Social, Cinthia Genguini; e o secretário de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues.
O ato de descerramento da placa contou com a presença da Família Folhas e do engenheiro Iwan Sabatella.
Acompanharam a solenidade, ainda, parceiros internacionais do projeto, como a gerente financeira sênior do C40 Cities, Bárbara Barros; o cônsul-geral da Alemanha, Joseph Weiss; o representante do Ministério de Economia e Proteção Climática da Alemanha, Christian Crohn; e a coordenadora de Sustentabilidade e Desenvolvimento Urbano da GiZ, Sara Habersack. Outras presenças internacionais foram os embaixadores da República Tcheca; Pavla Havrilíková; do Nepal, Nirmal Raj Kafle; e da Indonésia, Edi Yusup; o cônsul-geral do Japão, Hamaji Keiji; o cônsul-geral do Paraguai, Celso Santiago Riquelme; e a cônsul-geral da Itália, Maria Salamandra. Também compareceu a diplomata Lígia Maria Scherer.
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