A pandemia do Coronavírus representa um desafio do coletivo. A situação é inédita para os viventes e não há quem possa escapar de seus efeitos com facilidade.
Para os que estão em isolamento com as crianças em casa, cuidar de si é fundamental para ajudar os demais integrantes. Por isso, algumas sugestões para os adultos se fazem necessárias.
O primeiro desafio é a administração dos níveis de ansiedade e estresse.
Uma das atividades que reconhecidamente faz esses transtornos aumentarem é a exposição excessiva ao tema do vírus com a consequente sensação de insegurança e pessimismo.
Manter-se o dia todo lendo ou assistindo sobre a doença não irá trazer benefícios práticos para vencer o período de isolamento.
Até essa altura é bem provável que você saiba o suficiente sobre prevenção, cuidando da higiene e ficando em casa. Se achar que precisa de mais orientações, lembre-se que TV, Rádio e Jornal são fontes mais confiáveis do que as redes sociais e aplicativos de mensagem.
Distrair-se com outros assuntos é uma atitude mais acertada nesse momento, e a considerar que a falta de tempo é uma reclamação comum dos adultos no mundo, podemos usar as horas que nos sobram para colocar em prática projetos pendentes.
Para as crianças, é preciso lembrar que são seres em pleno desenvolvimento, não devem ficar longe de atividades que estimulem suas capacidades cognitivas e corporais.
É importante diversificar as práticas e tentar manter ao máximo as regras e rotinas que a casa possuía antes da pandemia, ou criar uma nova, atentando-se para limites de tempo para o uso do celular e da TV.
Reunir a família em torno “daquele jogo” de tabuleiro ou aquela atividade que a criança sempre pedia companhia pode ser a saída para o tédio e uma atitude diante dos sinais de solidão que aparecem em maior ou menor grau em todos nós.
Para os pais indecisos, notem que as crianças são naturalmente criativas, deixar-se guiar pelo desejo de brincar e inventar delas pode garantir atividades para todo o período em casa.
A respeito de orientações sobre a situação do vírus, as crianças devem ser instruídas sem reservas sobre a importância das mudanças de hábitos para os próximos meses, pois precisarão cuidar de si mesmas em momento futuro quando retornarem aos ambientes coletivos.
Elas não sofrerão os mesmos níveis de ansiedade que os adultos se formos capazes de blindar os de menos idade sobre estas questões, como incertezas em relação ao futuro financeiro, por exemplo.
Em tempo: para os adultos, negar a gravidade da situação é a expressão mais problemática de alguém que já está de alguma forma “doente” e que favorecerá que a sua irresponsabilidade possa infectar os demais.
Outro perigo: Freud nos fez ver, há mais de 100 anos, que no nosso inconsciente existe uma certeza falsa, a de que somos imortais. Todo esforço coletivo valerá a pena, cuidem-se.