No final de agosto, a equipe do Jornal Caderno do Bairro esteve na Rua da Cidadania do Tatuquara e entrevistou o Administrador da Regional, Marcelo Ferraz Cesar, que respondeu todas as perguntas sobre assuntos importantes para a região. Abaixo separamos alguns dos temas debatidos, muitos que já são conhecidos pela comunidade, e outros que trazem informações inéditas para os nossos leitores.
RESTAURANTE POPULAR
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Uma das grandes obras esperadas pelos moradores da Regional Tatuquara é o Restaurante Popular. A estrutura, que terá 580m² será construída em um terreno anexo à Rua da Cidadania, com tamanho de 2.600m². Além de servir cerca de 500 refeições por dia, com valores acessíveis, o projeto conta com autossuficiência energética, áreas para o plantio de hortaliças e projetado para não gerar resíduos. Também terá espaço para cursos de capacitação para a comunidade produzir pães, massas etc.
Jornal: Como anda o projeto para a construção do Restaurante Popular?
Marcelo: Foi necessário um ajuste de orçamento. Montaram o preço na Secretaria de Obras pra agora lançarem a licitação. Passou um pouquinho da nossa expectativa, era pra já estarmos começando a obra, mas como é normal nos processos de licitação dar essas intercorrências, vai atrasar um pouco, mais vai sair.
Esta é uma obra diferenciada, um projeto hi-tech, diferente. Vai ser exatamente aqui nesse terreno (ao lado do Terminal Tatuquara), vai ter todo o complexo do restaurante popular, nesse restante vai sobrar mais ou menos uns 20 % da área, (…) a gente vai fazer um modelo de fazenda urbana compactada vertical, uma horta mais tecnológica, justamente a fim com a área do restaurante.
Foto: Divulgação/IPPUC
Então, no caso, a comida do restaurante vai ser, em partes, da horta?
Marcelo: Sim, com certeza, claro que não vai ter o suficiente, mas também.
PONTE LIGANDO MORADIAS RURBANA COM MORADIAS RIO BONITO
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Foi aprovado no Fala Curitiba 2022, o projeto de construção de ponte de ligação da Rua Ângelo Tozim com a Rua Lydia Girardi Bertholdi…
Marcelo: Essa aqui é a curto prazo, tá… Eles já estão fechando projeto aqui de uma travessia rodoviária em galeria celular. O IPPUC já licitou os projetos pra gente fazer, daí, esse fechamento aqui com a Lydia Girardi Bertholdi.
Ali já tem uma ponte de madeira, né, para pedestres. A nova ponte vai ser para veículos, ligando a comunidade Rurbana às Moradias Rio Bonito, chegando na Alda Bassetti Bertholdi?
Marcelo: A ponte de madeira foi já restaurada por conta do parque (Rio Bonito do Tatuquara), mas a demanda nossa que está em projeto é a ponte de veículos. Já foi aberto o processo licitatório, eles estão com uma análise pra projeto, que vai ser uma ponte em galeria celular, que são aqueles manilhões que vai em baixo.
Aqui foi pressão popular, porque é difícil ter dinheiro sobrando pra fazer ponte, então aqui pelo Fala Curitiba a gente conseguiu priorizar.
E, contudo, também o parque do Rio Bonito a gente vai trazer até o parque Yberê.
Então vai juntar os parques?
Marcelo: Vai juntar porque ele faz parte daquela premissa do grande parque linear do Barigui, então como as vias vão se interligar, os parques também vão. Então, o Yberê futuramente vai ligar no Parque novo no Bairro Novo da Caximba, como vai ligar lá pra cima futuramente com a CIC, como parque único linear.
ALARGAMENTO DA RUA ÂNGELO TOZIM
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Entrou no Fala Curitiba, também, a rua Ângelo Tozim, para alargamento…
Marcelo: Sim, e ganhou. Ali, quando eu entrei aqui, eu fiquei preocupado com o CMEI. A gente conseguiu fazer aquela ciclovia, ciclofaixa, que ajudou um pouco, mas é perigosíssimo ali. Foi bom que entrou, eu fiquei aliviado, e estão começando a desenvolver o projeto ali agora de alagamento.
Mas ali não tem espaço…
Marcelo: Ali vai ter que desafetar, desapropriar.
ASFALTAMENTO RUAS DE SAIBRO
Recentemente a Prefeitura divulgou a sétima etapa de obras do Programa Asfalto no Saibro. Na região do Tatuquara, aparecem cinco ruas:
1. R. Sylvio Paulo Krüger, 667 metros – Caximba
2. R. Irene Rosseto, 204 metros – Entre R. Maria Caetana Correa e R. Gal. Luis Carlos Pereira Tourinho – Bairro Campo de Santana
3. R. Clothilde Hachenberg Monastier, 90 metros – Entre R. Stella Camargo Arzua e R. Antonio Zanon – Bairro Tatuquara
4. R. Augusto Oleskowicz, 142 metros – Entre R. Angelo Tozim e final da rua – Campo de Santana
5. R. Maria Caetana Corrêa, 52 metros – Entre R. Angélico Tosin e R. Wilson Lopes – Campo De Santana
Marcelo: A questão do asfalto, no Fala Curitiba agora (2023) quase não entrou nem para as dez mais. Eles (os moradores) pediam muito essa questão do asfalto, né. Falta 19, 20 ruas para a gente terminar, falta muito pouco e mesmo não estando na consulta no Fala Curitiba, a gente vai fazer, porque é uma promessa de governo, “saibro zero”, liquidar o saibro até o final da gestão.
Então, saiu um pacote agora, nessa sétima rodada do asfalto no saibro, saíram poucas ruas nossas, mas na última tinha saído bastante.
(…) Provavelmente no outro, quando eles estiverem com os projetos prontos, principalmente dessas (ruas) importantes que ficaram de fora, que é a Poeta Bernardo Guimarães, essas aqui no Santa Rita, esses fechamentos de malha, a gente vai liquidar até o final da gestão. Então, na verdade, está bem perto de terminar, né…
De asfalto a gente está bem, falta muito pouco e a expectativa, por promessa até de campanha, é fechar 100 % até o final da gestão, e a gente tem tempo hábil para isso.
TRANSPORTE COLETIVO
No Fala Curitiba desse ano, entrou como pauta a integração das linhas da região com o Terminal do Tatuquara, mas já existe esta integração, né?
Marcelo: Está em estudo, as ligações que eles estão reclamando aqui é de quem vem lá da rua Delegado Bruno de Almeida, Olaria, Caximba, Juliana, que hoje, apesar da gente ter a integração temporal, eles vão para o Pinheirinho. Muita gente desconhece essa integração de poder descer e ir pro terminal do Tatuquara com a mesma passagem, mas ela existe.
Se você pegar, por exemplo, a Vila Juliana, lá em baixo, e você quer ir pro Terminal Tatuquara, muita gente faz o que? Pega aqui, vai embora para o Pinheirinho e volta. O que você vai fazer? Você vai chegar aqui e vai descer justamente nesse ponto (próximo à antiga Britanite, onde tem o semáforo), atravessar a rua e pegar, por exemplo, o Ludovica, aqui, ou o Rio Bonito, e vai pro Terminal Tatuquara.
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Então, isso aqui é a integração que tem hoje, mas que muita gente não conhece, tá, tanto que eu cobrei da URBS pra fazer alguma identidade visual. Existe, só que as pessoas não sabem.
Aqui também tem outra no Rio Bonito, na rotatória grande, que tem ali na Lucas de Carvalho com a Alda Bassetti, aqui não é tão demandado, mas quem está aqui no Janaína e quiser, invés de ir pra lá (Pinheirinho), ir pra cá (Tatuquara) também pode.
Mas a ideia dessas linhas todas no futuro é trazer pro terminal Tatuquara, só que daí elas vão mudar de classificação, vão ser alimentadores.
COMO FUNCIONA A INTEGRAÇÃO TEMPORAL
Após passar o cartão transporte no primeiro ônibus, o usuário tem o prazo de uma hora para poder chegar ao ponto onde tem a integração, descer, pegar outro ônibus e passar o cartão novamente, sem pagar nova passagem neste segundo ônibus.
Passageiros dos ônibus que trafegam pela Rua Delegado Bruno de Almeida e que não passam pelo terminal Tatuquara, como 646-Pompéia/Janaina, 659-Caximba/Olaria. 680-Rurbana, 690-V. Juliana e 772-Tupy/V. Juliana, podem fazer a integração temporal, válida por 60 minutos, com as linhas 617-Jd. Ludovica e 684-Rio Bonito, e vice-versa. Assim, podem ir até o Terminal Tatuquara sem precisar ir até o Terminal do Pinheirinho.
E o Terminal, vocês pensam em ampliar?
Marcelo: Pensamos, pensamos. É porque a transformação do Tatuquara foi muito grande. Esse terminal, na sua concepção, não era pra ser um terminal tipo aos moldes de como é hoje o do Pinheirinho, o do Boqueirão…
Era mais um terminal de passagem, mas a dinâmica do Tatuquara, o crescimento foi tão grande, que vamos ter que rever os conceitos. Nem todo o urbanista tem previsibilidade.
Vocês têm terreno pra isso?
Marcelo: Tem, a gente vai aproveitar, no Terminal, pro nosso lado da rua, tem uma faixa boa que a gente consegue fazer mais uma linha de plataformas ali.
Essa linha do transporte coletivo circular, o que a gente poderia dar de retorno pra comunidade?
Marcelo: Estão sendo desenvolvidos os estudos junto à Urbs, para a implantação da linha. Envolve adequações e correções geométricas de linhas.
O problema não é o ônibus, mas sim onde ele passa, que a Urbs deve estar estudando todo esse caminho, e ele tem que ser assertivo, você tem que implantar uma linha, transporte demanda muito estudo, não é uma coisa simples, mas já estão sendo desenvolvidos os estudos.
Ok. Também entrou no Fala Curitiba um parquinho na rua Melânia Zeni Visinoni, certo?
Marcelo: A população se mobilizou mais para votar e conseguiram mais votos.
EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL
Também entrou no Fala Curitiba expandir a oferta do contraturno e o período integral…
Marcelo: Isso é importante, inclusive a gente entregou já a Unidade de Educação Integral (UEI) do Tatuquara, que na verdade fica no Caximba, na Delegado Bruno de Almeida.
É uma nova estrutura, que era uma chácara, que foi toda reformada, adequada, e hoje está atendendo em contraturno 3 escolas municipais, que é a do Rio Bonito, a da Zanon e a Joana Raksa, essas três escolas já estão todas em contraturno, são 600 alunos.
Unidade de Educação Integral (UEI) do Tatuquara
A nova Unidade, inaugurada em maio de 2023, oferece várias atividades, como práticas de movimento, educação ambiental, aulas de Língua Portuguesa e Matemática, Ciência e Tecnologias, o projeto Mãos na Massa (gastronomia, costura e customização), além de sala de robótica.
NOVIDADES NA ÁREA DA SAÚDE
Outra demanda que apareceu no Fala Curitiba deste ano foi adequar o quadro de profissionais nas Unidades de Saúde, isso já está sendo feito?
Marcelo: Já foi feito concurso, está havendo chamamentos, então está tendo sim a renovação do quadro.
Construção de unidade de saúde nas áreas do Tatuquara conforme necessidade, vocês têm algum projeto de alguma nova unidade?
Marcelo: Tem, a gente está procurando área, o local ideal hoje é ali no Janaína, porque a gente tem a Unidade de Saúde do Dom Bosco e lá a do Caximba.
A Unidade de Saúde Dom Bosco está à mais de 5 km da Unidade de Saúde Caximba.
Seria bom porque atenderia todo o pessoal aqui da Aldeia…
Marcelo: Atenderia aqui do Rio Bonito, a demanda futura aqui, quando começar a consolidar.
No Caximba vai ter uma Unidade totalmente nova para atender o bairro, bem naquela esquina ali, da Delegado (Bruno de Almeida) com a Francisca (Beraldi Paolini), aquela que vai para Araucária, bem naquela esquina vai ser uma Unidade Básica de Saúde, quase UPA, um modelo bem top aí que está sendo desenvolvido, até pra ficar nivelado com toda a premissa do Bairro Novo da Caximba.
Já tem projeto essa nova Unidade de Saúde Caximba?
Marcelo: Estão desenvolvendo o projeto pra ser executado, daí é correr com a licitação, tá ocorrendo em paralelo. Como está ocorrendo a obra lá, vai ocorrer o projeto de execução da unidade, bem ali na esquina, e ali onde ela está hoje, que está compartilhando o mesmo lote com o CMEI, vai liberar pro CMEI poder ser ampliado.
A sede da unidade atual da US Caximba vai se unir ao CMEI, ou vai ser demolida e construído outro prédio?
Marcelo: A gente vai tirar de lá (a Unidade de Saúde), daí a gente vai fazer o estudo, pra ver como vai se comportar o CMEI com a área toda.
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Em relação ao CMEI Caximba, para a sua ampliação, existem duas possibilidades: O CMEI poderá usar o terreno atual da Unidade de Saúde Caximba, ou pode ser transferido para outra área. Não há ainda uma definição quanto a isso.
LANÇAMENTO ALMANAQUE TATUQUARA
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Durante a entrevista, o Administrador da Regional também entregou aos jornalistas Elencar Antonio e Juliana Hemili o Almanaque Tatuquara, lançado naquela semana como uma iniciativa inédita na cidade. Ali, tem informações sobre a história da região e os serviços que são disponibilizados da administração regional, sendo ideal para lideranças locais e meios de comunicação.
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