Além do preparo do candidato e da candidata, importante averiguar se o que está em jogo é o interesse público mesmo, ou de terceiros
Logo logo veremos pelas ruas cartazes, adesivos e santinhos de candidatos a vereador e a prefeito, afinal, em outubro temos eleições municipais.
Entre tantos pontos a pesar na escolha, é importante se atentar para esta reflexão: será que determinado candidato tem preparo para representar o povo na Câmara Municipal?
Será que, embora seja um rosto conhecido, popular, aquela pessoa não está sendo apenas um instrumento em determinado partido ou aliança para, na prática, ser útil para a eleição de um terceiro?
Antes de mais nada, importante destacar que, quando falamos em preparo, nada tem a ver com ser ou não experiente na política. Também não tem a ver com ter menos ou mais estudo.
Tem a ver com estar de fato comprometido com os interesses da coletividade, conhecer os problemas, ter posicionamentos objetivos em torno dos grandes temas, participar da vida política e cidadã, não se sujeitar a ser massa de manobra, nem coisa que o valha.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para ser candidato/a a vereador basta ter nacionalidade brasileira, no mínimo 18 anos de idade e ser alfabetizado.
Para ser candidato/a a prefeito/a, a idade mínima exigida é ter 21 anos no dia da posse. Ah, sim, e precisa estar filiado a um partido político, até os prazos estabelecidos pela lei.
Portanto, pessoas de qualquer profissão, de qualquer grau de escolaridade, de qualquer perfil podem disputar o pleito. Mas sabemos que, infelizmente, muita gente se candidata não comprometida, de fato, em fazer o melhor para o povo, ou pela cidade.
Às vezes se candidata nem pensando ela própria em se eleger, mas sim para servir de “escada” para outras candidaturas. Nenhum problema em participar do processo eleitoral não só por si, como principalmente em apoio a um projeto, a uma proposta maior.
O problema é quando o interesse é só esse, servir de “escada”.
Não à toa os partidos ou federações partidárias gostam de ir atrás de nomes populares.
Um artista famoso, alguém de destaque no rádio, na televisão ou nas redes sociais, um ex-atleta, um líder comunitário.
Importante: nada contra essas pessoas se candidatarem; pelo contrário, elas têm todo o direito, e representam setores da sociedade. Podem e devem participar.
O problema é quando essas candidaturas são feitas para serem trampolins, e não uma candidatura séria.
Partidos e federações (é dizer, os cacifes dessas legendas) gostam desse mecanismo porque esses nomes famosos, ao atraírem votos para si próprios, puxam votos para o partido e alianças.
Então, em vez de essas pessoas se elegerem, no fim das contas muitas vezes quem ganham são os cacifes, os figurões de sempre. O que frustra o eleitor, a eleitora: que confia, pede voto por aquela pessoa, e no fim das contas vê assumir o cargo alguém diferente da pessoa imaginada.
Por isso, na hora de fazer a escolha, é fundamental averiguar a que partido (ou federação partidária, isto é, à união de dois ou mais partidos) aquela pessoa candidata faz parte.
Então, ver outros candidatos desse mesmo partido, a fim de verificar se os demais (ou ao menos a maioria deles) estão em sintonia com que você, eleitor e eleitora, pensa.
Igualmente, importante buscar constatar se o candidato ou candidata sabe o que cabe ou não a um vereador fazer. Se não está prometendo coisas que são de outra alçada.
Se é uma pessoa segura, firme de posicionamentos, ativa na vida cidadã e política do município.
Que sabe negociar, dialogar, respeitando as divergências; que não destila ódio, mentira, fake news, não prega violência.
Enfatizamos a preocupação com a escolha para a Câmara Municipal, mas os cuidados valem na hora de escolher o candidato ou a candidata à Prefeitura.
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