A amamentação diz respeito a mãe e ao bebê, mas também envolve o Estado e toda a rede de apoio.
A Semana Mundial da Amamentação (SMAM) acontece todos os anos e, em 2019, vai de 1 a 7 de agosto, com o slogan “Empoderar Mães e Pais, Favorecer a Amamen-tação – Hoje e para o Futuro!”.
O objetivo é estimular as iniciativas relacionadas ao aleitamento materno, conscientizando a população acerca dos benefícios da amamentação para a saúde da mãe e do bebê, gerando impactos positivos para a qualidade de vida da sociedade como um todo.
Propõe uma mobilização social para incentivar a prática do aleitamento materno, contribuindo para reduzir as taxas de mortalidade infantil.
De acordo com a IBFAN (Rede Inter-nacional em Defesa do Direito de Amamentar), 40% de todos os bebês com menos de 6 meses são amamentados exclusivamente com o leite materno e 45% continuam amamentando até os 24 meses.
Aumentar a amamentação ideal de acordo com as recomendações poderia evitar mais de 823.000 mortes de crianças e 20.000 óbitos maternos a cada ano.
Não amamentar é uma atitude pouco inteligente e resulta em perdas econômicas de cerca de 302 bilhões de dólares americanos por ano.
Segundo a Coordenadora Técnica do Conselho Regional do Nutricionista da 8ª Região, a nutricionista Carolina Dratch (CRN-8 2038), é necessária uma ação organizada para atingir a meta da Assembleia Mundial da Saúde (AMS), que é de, até 2025, alcançar pelo menos 50% de amamentação materna exclusiva durante os 6 meses.
Existem muitas barreiras à amamentação ideal, sendo uma das maiores a falta de apoio no trabalho para mães e pais.
“É dever do Estado garantir as condições para que se a mulher optar e puder amamentar, o ato se dê com segurança e dignidade e é dever da sociedade respeitar o direito da mulher e da criança”, afirma Carolina, que é mestre em Biotética.
Ela comprova em suas pesquisas que alguns fatores complexos, como a influência indevida da publicidade, o retorno precoce da mãe ao trabalho e a orientação e o acompanhamento por parte dos serviços de saúde aquém do necessário, contribuem diretamente para o baixo índice do aleitamento materno e da alimentação complementar inadequada.
A nutricionista afirma que o direito da criança ao aleitamento está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas a Lei Trabalhista define o direito à licença maternidade de cento e vinte dias, o que não é tempo suficiente para que o direito da criança seja respeitado.