Em Goiânia, entrega gratuita é feita a passageiros de ônibus. Curitiba poderia adotar a medida, considerada por especialistas como fundamental para salvar vidas
Em Goiânia a iniciativa já vem sendo realizada: a distribuição, gratuita, de máscaras PFF2 (ou N95), a funcionários e passageiros do transporte público. Curitiba poderia seguir o exemplo. Uma mobilização entre o poder público e a sociedade poderia garantir o acesso a essas máscaras especiais.
A urbanista Raquel Rolnik, professora da Universidade de São Paulo (USP), recentemente defendeu a distribuição massiva do item, nos sistemas de ônibus, trens, metrôs, VLTs e barcas.
Em artigo ao laboratório da instituição voltado a estudos sobre a vida nas cidades (o Labcidade), a cientista diz que não se trata de substituir o distanciamento social e físico, mas sim adotar um paliativo que se mostra eficaz.
Rolnik ressalta que a distribuição gratuita das máscaras PFF2 salva vidas. Assim, por mais que a medida seja onerosa, precisa de ser feita.
Em Goiânia, a distribuição aos passageiros dos ônibus foi fruto de uma parceria entre o Governo do Estado de Goiás e uma organização não-governamental (a OVG, Organização das Voluntárias de Goiás).
Só em março, foram entregues 280 mil máscaras PFF2 aos usuários do transporte daquela cidade do Centro-Oeste brasileiro. No início de abril, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) divulgou um material em que três cientistas da instituição confirmam a maior eficácia das máscaras PFF2, conforme noticiou o jornal Plural. Essa sigla significa Peça Facial Filtrante. A proteção delas pode alcançar até 99%.
Ainda segundo os especialistas, essas máscaras são ideais para ambientes com alto risco de contágio, como é o caso do transporte público. As máscaras PFF2 protegem das partículas do vírus que ficam no ar, por isso são as apropriadas para o uso em ambientes fechados, menos arejados, e com considerável fluxo de pessoas.
O ideal, sabemos, é que houvesse uma política nacional, coordenada, de medidas de prevenção e combate à covid-19. Entretanto, não é o que está acontecendo – tanto que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) está sendo instalada no Senado para investigar essa situação. Diante de tal inoperância, a saída é a mobilização em instâncias municipal, metropolitana e estadual.
Há iniciativas que auxiliam, como o movimento “PFF para Todos”. Por meio de um site, é possível tirar dúvidas sobre essas máscaras, saber onde encontrar, acompanhar medidas e notícias sobre o tema. O endereço do site é o: www.pffparatodos.com
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