Escondido entre ruas movimentadas e bairros populosos da região sul de Curitiba, o Ribeirão dos Padilhas corta discretamente nossa região em um percurso de aproximadamente 10 quilômetros
O Ribeirão dos Padilhas nasce no bairro Capão Raso, nas proximidades da Avenida Winston Churchill, que funciona como divisor de águas entre a sub-bacia do Rio Barigui e a sub-bacia do Rio Iguaçu.
Muitas vezes desconhecido, é um rio de grande importância para o bairro e para a cidade como um todo. Ao longo de seu trajeto, o ribeirão cruza bairros como Xaxim, Sítio Cercado, Pinheirinho, Alto Boqueirão, Bairro Novo e Ganchinho, até desaguar no Rio Iguaçu.
Entre seus principais afluentes estão o Arroio Pinheirinho, Arroio Cercado, Arroio Boa Vista, Córrego Vila Osternack e o Rio Ganchinho. Durante anos, os bairros cortados pelo Ribeirão dos Padilhas sofreram com alagamentos constantes.
Para enfrentar esse problema, a Prefeitura de Curitiba implementou o programa Curitiba Contra Cheias, que inclui uma série de obras estruturais. Entre as principais ações estão a recomposição da mata ciliar e a construção de bacias de contenção.
Essas bacias, que já estão em operação nos bairros Xaxim, Sítio Cercado e Pinheirinho, têm capacidade de armazenamento superior a 31.600 m3 de água, o que reduz significativamente os impactos das chuvas intensas.
Além da infraestrutura, a cidade também tem investido em ações educativas. Em 2023, por exemplo, a personagem “Família Folhas”, utilizada pela Prefeitura em campanhas de educação ambiental, visitou escolas e comunidades para conscientizar crianças sobre o cuidado com os rios.
O Ribeirão dos Padilhas é mais do que um simples curso d’água: ele é um indicador da qualidade de vida urbana, da capacidade de planejamento e da forma como a cidade se relaciona com seus recursos naturais.
Recuperá-lo vai além de obras – exige um pacto coletivo entre governo, sociedade civil e moradores locais.
Enquanto Curitiba busca ser reconhecida como referência global em sustentabilidade, o verdadeiro desafio é também olhar para dentro: cuidar dos rios invisíveis, como o Ribeirão dos Padilhas, pode ser o teste definitivo para uma cidade mais humana e resiliente.
Ao dar visibilidade a esse rio, mostramos que toda cidade pode – e deve – aprender a cuidar da própria água. Porque onde corre um rio, corre também a história de um povo. E essa é um pouco da história do nosso bairro.
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Sobre as bacia criada na praça do Jardim Esmeralda, moro a mais 30 anos acima dela, e nunca tivemos alagamento em casa. Após instalação, na primeiro grande chuva, em fev. 2025, além alagar comumente a frente dela, alagou corrego acima, ruas, e a agua “podre” chegou 30 centimetros dentro minha casa, e pior ainda nos vizinhos. ( muitos prejuízos ).
Não sei que engenharia é esta…e a quem este projeto esta ajudando… Mas para nos, piorou …É um desânimo pagar IPTU…taxa esgoto, para ter insegurança que teremos casa alagada novamente.