A expressão “pense antes de falar” é considerada uma regra geral, mas, na realidade, o pensamento muitas vezes se desenvolve por meio da fala, até mesmo em silêncio.
Esse dilema sobre a ordem de o que vem primeiro é ilustrado no desenvolvimento infantil, onde o pensamento se torna mais complexo apenas após a criança aprender a linguagem.
Antes disso, o pensamento é simples, expressando-se em termos de sim ou não, triste ou feliz, quero ou não quero. No mundo dos adultos, há um consenso triste de que para nos sairmos bem nas relações sociais seria preciso valorizar mais o silêncio, ou seja, pensar e nunca falar.
No entanto, essa parece ser uma regra inadequada para uma espécie que se diferencia dos outros animais pelo potencial da linguagem como ferramenta. Falamos desde muito jovens e continuamos a falar ao longo da vida, pois assim atribuímos significado ao que fazemos.
A fala organiza e estabiliza ideias.
Enquanto o pensamento pode ser rápido e caótico, a fala impõe limites de velocidade, forçando-nos a articular frases de maneira ordenada. Existem inúmeros exemplos de como falar (no sentido de se comunicar) sustenta várias outras atividades.
Manter um diário é uma maneira de organizar pensamentos e sentimentos por meio da escrita.
Pacientes durante sessões de terapia frequentemente percebem novos pensamentos ao falarem livremente sobre seus problemas.
Há também situações em que o ato de falar faz com que o falante reavalie suas posições sobre um determinado assunto. Sem mencionar os benefícios da escuta.
Quem nunca disse algo estranho ou negativo e recebeu boas sugestões e auxílio valioso de seu interlocutor?
Evitar a comunicação ao não expressar ou não fazer perguntas causa problemas comuns.
Nas relações sociais, há uma gama imensa de dificuldades que surgem quando tentamos adivinhar ou presumir pensamentos, dar ou receber indiretas e acreditar que os outros sabem exatamente o que estamos pensando ou sentindo.
Quando a falta de comunicação é levada a sério, resultando em um caos de coisas não ditas e não compreendidas. É compreensível o medo dos que apostam no silêncio uma vez que a língua pode ser o “chicote da bunda”.
Mas experimentar o uso inteligente e responsável da comunicação e colher benefícios é uma tarefa a ser aprendida, seja qual for o contexto ou a idade. Para isso, é aconselhável escolher as pessoas em quem confiamos mais.
Também é importante considerar que não existem expressões erradas.
O medo de “dizer algo errado” é um obstáculo superável. Pensamentos e sentimentos são sempre legítimos, e ao falar sobre eles, estamos apenas compartilhando nossa perspectiva.
Desse ponto de vista, não podem ser considerados errados, pois é a forma como cada um interpreta uma situação.
Além disso, falar sobre eles pode permitir adaptações ou evoluções em nossa forma de pensar.
Por fim, um convite, arrisque-se e diga algo.
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