Durante boa parte do mês de Abril de 2023 houve no país um misto de temores que não deixou ninguém de fora.
Pais, alunos, professores e até a polícia temiam a possibilidade que novos ataques violentos ocorressem nas escolas.
Embora não tenham sido os primeiros, os acontecimentos recentes elevaram o medo e impulsionaram o assunto a nível nacional. Ao que tudo indica, quer pelo receio ou pela complexidade, o assunto deve continuar a circular.
A natureza desse problema é evidentemente múltipla e sua assimilação exige pensar em camadas.
Algumas delas são as diversas formas de violência, o acesso à armas, a precariedade das instituições escolares, o mal uso das mídias sociais e vários outros.
Mas para além dos esforços para explicar e encontrar razões há, sem dúvida, algo com o qual podemos nos envolver de forma prática.
Ainda que não seja possível apontar como causa fundamental, parece haver uma semente em comum em grande parte de situações de violência em escolas: o bullying.
Ele não é um fenômeno novo, é o mesmo do dia a dia escolar, mas convém aproveitar o movimentado debate para abordá-lo novamente.
Breve definição: é uma dinâmica descrita como ato repetido de sistemática violência (física ou psicológica) cometido por um ou por um grupo de pessoas contra um indivíduo.
As manifestações desse ato podem surgir das maneiras mais diversas, de intimidações à xingamentos, passando por piadas aparentemente inofensivas.
Seu funcionamento ainda conta com a coparticipação (ação indireta e por vezes não intencional) de outros indivíduos que não estão diretamente envolvidos.
Em uma situação de bullying, um grande número de pessoas acaba participando.
Existem os papéis principais – dos perpetradores e vítimas, os secundários – dos que acham graça, dão risada e estimulam a continuidade dos ataques e o restante – que por não estarem diretamente ligados e por provável medo de serem eles mesmos os próximos alvos, acabam participando como testemunhas oculares omissas.
Em suma, dificilmente alguém está realmente de fora.
Como dito, apesar de estar quase sempre presente, o bullying não pode ser considerado a causa original para a prática de atos de violência como forma de vingança, isso porque, via de regra, a reação mais comum das vítimas é a de se fechar e não conseguir se defender ou reagir.
Outros sinais são a brusca queda no desempenho, a diminuição do interesse geral pelo ambiente escolar e o crescente risco para a instalação de uma depressão pelas profundas marcas deixadas dessa experiência.
Ou seja, por ser uma manifestação predominantemente silenciosa por parte da vítima, é de suma importância que os pais e agentes educacionais estejam atentos.
Para participarmos do debate sobre violência na idade escolar, para estimularmos nossos filhos à reflexão e também como forma de protegê-los, comece perguntando a eles sobre como estão suas turmas.
E você? Tem conversado com seus filhos sobre esse assunto?
Comenta aqui em baixo…
- Ponte danificada pela chuva no Xaxim já está sendo reconstruída
- Novo itinerário da Linha Érico Veríssimo/Pantanal beneficia moradores
- Paróquias Sagrado Coração de Jesus e Santa Rita de Cássia receberão novos Párocos
- Pavimentação concluída em mais ruas da região
- Time do Tatuquara campeão do Brasileirão Kids de escolas de futebol