Olá, amigos e amigas. Já pararam para pensar no porquê de o Brasil trazer tão poucas medalhas nos jogos Olímpicos? E o que faz um país como os Estados Unidos ser o maior medalhista da história?
Para entender os motivos, fui pesquisar mais sobre o assunto e me surpreendi com vários detalhes que fazem diferença, não somente no esporte, mas na educação em geral dos norte-americanos.
Você sabia que nos Estados Unidos é obrigatório que crianças e jovens de 6 à 18 anos estejam estudando? Lá o ensino é integral, ou seja, o estudante entra na escola geralmente às 8 horas e sai por volta das 15 ou 16 horas. Isto acontece desde o 1º ano (que seria nosso 2º ano do ensino fundamental) até o 12º ano (o que seria um ano a mais do que o nosso 3º ano do Ensino Médio). Sim, as crianças almoçam na escola, como vemos nos filmes.
Outra informação importante é que cerca de 80% das crianças frequentam escolas públicas e por volta de 20% as particulares. Lá, as escolas públicas são conhecidas pela qualidade. Aliás, a educação é prioridade nas políticas públicas dos norte-americanos e o governo garante educação gratuita de qualidade da pré-escola ao ensino médio.
Além das disciplinas obrigatórias comuns, como matemática, leitura, inglês, estudos sociais, ciências, artes, um segundo idioma e educação física, na High School (Ensino Médio), o estudante pode escolher quais matérias optativas prefere para integrar o seu currículo, conforme o que a escola oferece, que depende de cada Estado.
O interessante é que quase todas as escolas neste país possuem programas esportivos, visando já o ingresso nas universidades, onde os atletas são muito valorizados. Sendo assim, as crianças são incentivadas às práticas esportivas, até por questões de saúde pública, durante toda a educação escolar.
Uma desvantagem em tudo o que encontrei sobre o assunto, é que nas universidades americanas, que estão no ranking das melhores do mundo, tanto públicas quanto privadas, o ensino não é gratuito. Isso força muitos pais a abrirem uma poupança para os filhos quando nascem para que na juventude tenham dinheiro para a faculdade.
Existem aqueles estudantes que trabalham por pelo menos meio período para pagar a anuidade e também são disponibilizados financiamentos. Há a possibilidade de bolsas, geralmente parciais, mas estas são muito concorridas.
As bolsas são por necessidade financeira ou por mérito, que pode ser acadêmico, esportivo, musical, artístico, entre outros. Logo, muitos estudantes vêem na prática esportiva uma oportunidade de ingressar na universidade.
Alguns torneios universitários da primeira divisão, em esportes consagrados nos Estados Unidos, como o Futebol Americano e o Basquete, tem seus jogos transmitidos nacionalmente pela televisão, com grande audiência. Os esportes e as ligas profissionais também recebem grandes investimentos fiscais do governo, formando atletas de peso, com grandes projeções internacionais nas mais diversas modalidades.
Além disso, estas competições e equipes esportivas conseguem atrair muito dinheiro com o público dos jogos e de patrocinadores. Bem, com todas estas condições favoráveis, não é de se admirar que os Estados Unidos sejam uma grande potência mundial nos esportes.
Como mencionei no início do texto, as informações que trouxe aqui são fruto de uma longa pesquisa, mas nunca estive nos Estados Unidos, então, caso algum leitor já tenha tido essa possibilidade, deixe aqui nos comentários a sua experiência em uma escola ou universidade norte-americana.
Agora entendo porque é tão difícil para os atletas brasileiros competirem e conquistarem medalhas. Mesmo assim, em meio a tantas dificuldades, ainda temos grandes personagens em nosso esporte, verdadeiros guerreiros!
Conhecendo a realidade dos EUA, confesso que dentro do meu peito cresceu esperança. Esperança de que um dia nosso país, com tantas riquezas naturais, petróleo, diversidade cultural, com um povo esforçado, que trabalha duro para sobreviver, possa entender a importância dos investimentos em educação pública e consequentemente, nos esportes, nas artes, nas ciências, criando gênios nas mais diversas áreas de atuação.
Parece ainda um sonho distante, mas o que nos impede? Realizações começam com simples sonhos. Deveríamos todos sonhar e, acima de tudo, exigir dos nossos governantes que façam uma grande reforma em nosso modelo de ensino, que proporcione qualidade, bem estar aos alunos, possibilidade de cursar disciplinas importantes para o seu desenvolvimento físico e intelectual.
O primeiro passo seria exigirmos que o governo brasileiro voltasse atrás e JAMAIS cortasse investimentos dos três pilares mais importantes de uma nação: saúde, segurança e educação.
Só assim poderemos viver este sonho, nos desenvolvendo e, quem sabe, alcançando o bem estar social dos países de 1º mundo.
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